quinta-feira, 25 de julho de 2013

Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas ( Cora Coralina )


Cora Coralina,

Pseudônimo de Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (Cidade de Goiás, 20 de agosto de 1889 — Goiânia, 10 de abril de 1985) foi uma poetisa e contista brasileira. Considerada uma das principais escritoras brasileiras, ela teve seu primeiro livro publicado em junho de 1965 (Poemas dos Becos de Goiás e Estórias Mais),1 quando já tinha quase 76 anos de idade.
Mulher simples, doceira de profissão, tendo vivido longe dos grandes centros urbanos, alheia a modismos literários, produziu uma obra poética rica em motivos do cotidiano do interior brasileiro, em particular dos becos e ruas históricas de Goiás.
Cora Coralina,Filha de Francisco Paula Lins Guimarães Peixoto, desembargador nomeado por D. Pedro II, e de Jacinta Luísa do Couto Brandão, Ana nasceu e foi criada às margens do rio Vermelho, em casa comprada por sua família no século XIX, quando seu avô ainda era uma criança. 
Estima-se que essa casa foi construída em meados do século XVIII, tendo sido uma das primeiras edificações da antiga Vila Boa de Goiás. 
Começou a escrever os seus primeiros textos aos 14 anos de idade, publicando-os nos jornais da cidade de Goiás, e nos jornais de outras cidades, como constitui exemplo o semanário "Folha do Sul" da cidade goiana de Bela Vista - desde a sua fundação a 20 de janeiro de 1905 -, e nos periódicos de outros rincões, assim a revista A Informação Goiana do Rio de Janeiro, que começou a ser editada a 15 de julho de 1917, apesar da pouca escolaridade, uma vez que cursou somente as primeiras quatro séries, com a Mestra Silvina. 
Melhor, Mestre-Escola Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835 - 1920). Conforme Assis Brasil, na sua antologia "A Poesia Goiana no Século XX", Rio de Janeiro: IMAGO Editora, 1997, página 66, "a mais recuada indicação que se tem de sua vida literária data de 1907, através do semanário 'A Rosa', dirigido por ela própria e mais Leodegária de Jesus, Rosa Godinho e Alice Santana." Todavia, constam trabalhos seus nos periódicos goianos antes dessa data. É o caso da crônica "A Tua Volta", dedicada 'Ao Luiz do Couto, o querido poeta gentil das mulheres goianas', estampada no referido semanário "Folha do Sul", da cidade de Bela Vista, 10 de maio de 1906.
Ao tempo em que publica essa crônica, ou um pouco antes, Cora Coralina começa a frequentar as tertúlias do "Clube Literário Goiano", situado em um dos salões do sobrado de dona Virgínia da Luz Vieira. 
Que lhe inspira o poema evocativo "Velho Sobrado". Quando começa então a redigir para o jornal literário "A Rosa" (1907). Publicou, nessa fase, em 1910, o conto Tragédia na Roça.
Casou em 1910 com o advogado Cantídio Tolentino de Figueiredo Bretas, com quem se mudou, no ano seguinte (quando ele, Cantídio, exercia a Chefatura de Polícia, cargo equivalente ao de Secretário da Segurança, do governo do presidente Urbano Coelho de Gouvêa - 1909 - 1912), para o interior de São Paulo, onde viveu durante 45 anos, inicialmente nos municípios de Avaré e Jaboticabal onde nascem seus seis filhos: Paraguaçu, Enéias, Cantídio, Jacintha, Ísis e Vicência. 
E depois em São Paulo (1924). Ao chegar à capital, teve de permanecer algumas semanas trancada num hotel em frente à Estação da Luz, uma vez que os revolucionários de 1924 haviam parado a cidade.
Em 1930, presenciou a chegada de Getúlio Vargas à esquina da rua Direita com a Praça do Patriarca. Um de seus filhos participou da Revolução Constitucionalista de 1932.
Com a morte do marido, passou a vender livros. Posteriormente, mudou-se para Penápolis, no interior do estado, onde passou a produzir e vender linguiça caseira e banha de porco. 
Mudou-se em seguida para Andradina, até que, em 1956, retornou para Goiás.
Ao completar 50 anos de idade, a poetisa relata ter passado por uma profunda transformação interior, a qual definiria mais tarde como "a perda do medo". 
Nessa fase, deixou de atender pelo nome de batismo e assumiu o pseudônimo que escolhera para si muitos anos atrás. 
Durante esses anos, Cora não deixou de escrever poemas relacionados com a sua história pessoal, com a cidade em que nascera e com ambiente em que fora criada. Ela chegou ainda a gravar um LP declamando algumas de suas poesias. 
Lançado pela gravadora Paulinas Comep, o disco ainda pode ser encontrado hoje em formato CD. Cora Coralina faleceu em Goiânia. 
A sua casa na Cidade de Goiás foi transformada num museu em homenagem à sua história de vida e produção literária.

Cora Coralina

Pseudonym of Ana Lins dos Guimarães Peixoto Bretas, (City of Goiás, August 20, 1889 - Goiânia, April 10, 1985) was a poet and storyteller Brazilian. Considered one of the leading Brazilian writers, she had her first book published in June 1965 (Poems of the alleys of Goiás and More Stories), 1 when he was almost 76 years old.
Simple woman, baker by profession, having lived away from large urban centers, oblivious to literary fads, produced a poetry-rich motifs of everyday life of the Brazilian interior, particularly the historic streets and alleyways of Goiás
Cora Coralina, daughter of Francisco Paula Lins Guimarães Peixoto, appointed by Judge D. Pedro II, and Jacinta Louise Brandão Couto, Ana was born and raised on the banks of the Red River, in house bought by his family in the nineteenth century, when his grandfather was still a child.
It is estimated that this house was built in the mid eighteenth century, having been one of the first buildings of the old Vila Boa de Goiás
He began writing his first texts to 14-year-old publishing them in the newspapers of the city of Goiás, and newspapers from other cities, such as is the weekly "Folha South" city of Goiás Bela Vista - since its foundation January 20, 1905 - and in the journals of other corners, so the magazine The information Goiás in Rio de Janeiro, which began to be enacted July 15, 1917, despite the low level of education, as he studied only the first four series, with Master Silvina.
Best, Master-School Silvina Ermelinda Xavier de Brito (1835-1920). As Assis Brazil, in his anthology "The Poetry of Goiás in the Twentieth Century", Rio de Janeiro: Imago Editora, 1997, page 66, "the rearmost indication that one has to his literary life dates from 1907, through the weekly 'The Rose ', directed by itself and more Leodegária of Jesus, Rosa Godinho Santana and Alice. " However, his works appear in journals goianos before that date. This is the case of chronic "Your Turn", dedicated 'When Luiz Couto, dear poet gentle women goianas' stamped in that weekly "Folha South", the city of Bela Vista, May 10, 1906.
At the time this publishes chronic, or just before, Cora Coralina starts attending the gatherings of the "Literary Club Goiás", located in one of the halls of the manor of Dona Luz Vieira Virginia.
What inspires you the evocative poem "Old Townhome". When then begins to write for the literary journal "The Rose" (1907). Published at that stage, in 1910, the tale Tragedy Roça.
Married in 1910 to the lawyer Cantídio Tolentino Bretas Figueiredo, who moved in the following year (when he Cantídio, held the Sheriff's Office, a position equivalent to that of Secretary of Security, the government of President Gouvêa Urban Rabbit - 1909 - 1912), to the interior of São Paulo, where he lived for 45 years, initially in the municipalities of Avare Jaboticabal and her six children where born: Paraguassu, Aeneas, Cantídio, Jacintha, Isis and Vicenza.
And then Sao Paulo (1924). Upon reaching the capital, had to stay a few weeks locked in a hotel opposite the Luz station, since the revolutionaries of 1924 had stopped the city.
In 1930, he witnessed the arrival of the Getúlio Vargas corner of Straight Street with the Square of the Patriarch. One of his sons attended the Constitutional Revolution of 1932.
With the death of her husband, started selling books. Later, he moved to Penápolis, within the state, which went on to produce and sell homemade sausage and lard.
Moved then to Andradina until, in 1956, returned to Goias
Upon completing 50 years of age, the poet recounts having experienced a profound inner transformation, which later define as "loss of fear."
At this stage, no longer meets the given name and assumed the pseudonym he chose for himself many years ago.
During these years, Cora has not stopped writing poems related to his personal history with the city of his birth and the environment in which they were created. She also reached record an LP reciting some of his poetry.
Launched by Pauline COMEP label, the album can still be found today in CD format. Cora Coralina died in Goiania.
Your home in the city of Goiás was transformed into a museum in honor of his life history and literary production.

Nenhum comentário:

Postar um comentário