quinta-feira, 25 de julho de 2013

Haia Pinkhasovna Lispector (em russo: Хая Пинхасовна Лиспектор) - Clarice Lispector


Clarice Lispector, 

Nascida Haia Pinkhasovna Lispector (em russo: Хая Пинхасовна Лиспектор) (Tchetchelnik, 10 de dezembro de 1920 — Rio de Janeiro, 9 de dezembro de 1977) foi uma escritora e jornalista nascida no Império Russo e naturalizada brasileira. Quanto ao estado pertencente, Clarice se declarava pernambucana.
De origem judaica, Clarice foi a terceira filha de Pinkouss Lispector e de Mania Krimgold Lispector. 
Nasceu na cidade de Tchetchelnik enquanto seus pais percorriam várias aldeias da Ucrânia fugindo à perseguição aos judeus durante a Guerra Civil Russa de 1918-1921. 
Chegou ao Brasil quando tinha um ano e dois meses de idade, e sempre que questionada de sua nacionalidade, Clarice afirmava não ter nenhuma ligação com a Ucrânia: "Naquela terra eu literalmente nunca pisei: fui carregada de colo" - e que sua verdadeira pátria era o Brasil.
A família chega a Maceió em março de 1922, sendo recebida por Zaina, irmã de Mania, e seu marido e primo José Rabin. 
Por iniciativa de seu pai todos mudaram de nome, exceto Tânia, sua irmã. O pai passou a se chamar Pedro; Mania, Marieta; Leia, sua irmã, Elisa; e Haia, por fim, Clarice. 
Pedro passou a trabalhar com Rabin, já um próspero comerciante.1 Com dificuldades de relacionamento com Rabin e sua família, Pedro decide mudar-se para Recife, então a cidade mais importante do Nordeste.
Clarice Lispector começou a escrever logo que aprendeu a ler, na cidade de Recife, onde passou parte da infância no bairro de Boa Vista. 
Estudou no Ginásio Pernambucano de 1932 a 1934. Falava vários idiomas, entre eles o francês e o inglês. 
Cresceu ouvindo no âmbito domiciliar o idioma materno, o iídiche.
Sua mãe morreu em 21 de setembro de 1930 (Clarice tinha apenas 9 anos), após vários anos sofrendo com as consequências da Sífilis, supostamente contraída por conta de um estupro sofrido durante a Guerra Civil Russa, enquanto a família ainda estava na Ucrânia. 
Clarice sofreu com a morte da mãe, e muitos de seus textos refletem a culpa que a autora sentia e figuras de milagres que salvariam sua mãe.2
Quando tinha 15 anos seu pai decidiu se mudar para o Rio de Janeiro. Sua irmã Elisa conseguiu um emprego no ministério, por intervenção do então ministro Agamenon Magalhães, enquanto seu pai teve dificuldades em achar uma oportunidade na capital. 
Clarice estudou em uma escola primária na Tijuca, até ir para o curso preparatório para a Faculdade de Direito. 
Foi aceita para a Escola de Direito na então Universidade do Brasil em 1939. 
Se viu frustrada com muitas das teorias ensinadas no curso, e descobriu um escape: a literatura. 
Em 25 de maio de 1940, com apenas 19 anos, publicou seu primeiro conto "Triunfo" na Revista Pan, de propriedade do editor José Scortecci.
Três anos depois, após uma cirurgia simples para a retirada de sua vesícula biliar, seu pai Pedro morre de complicações do procedimento. 
As filhas ficam arrasadas com as circunstâncias da morte tão inesperada, e como consequência Clarice se afasta da religião judaica. 
No mesmo ano, Clarice chama a atenção (provavelmente com o conto "Eu e Jimmy") de Lourival Fontes, então chefe do Departamento de Imprensa e Propaganda (órgão responsável pela censura no Estado Novo de Getúlio Vargas), e é alocada para trabalhar na Agência Nacional, responsável por distribuir notícias aos jornais e emissoras de rádio da época. Lá conheceu o escritor Lúcio Cardoso, por quem se apaixonou (não correspondido, já que Lúcio era homossexual) e de quem se tornou amiga íntima.
Em 1943, no mesmo ano de sua formatura, casou-se com o colega de turma Maury Gurgel Valente, futuro pai de seus dois filhos. 
Maury foi aprovado no concurso de admissão na carreira diplomática, e passou a fazer parte do quadro do Ministério das Relações Exteriores. Em sua primeira viagem como esposa de diplomata, Clarice morou na Itália onde serviu durante a Segunda Guerra Mundial como assistente voluntária junto ao corpo de enfermagem da Força Expedicionária Brasileira. 
Também morou em países como Inglaterra, Estados Unidos e Suíça, países para onde Maury foi escalado. Apesar disso, sempre falou em suas cartas a amigos e irmãs como sentia falta do Brasil.
Em 10 de agosto de 1948, nasce em Berna, Suíça o seu primeiro filho, Pedro. Quando criança Pedro se destacava por sua facilidade de aprendizado, porém na adolescência sua falta de atenção e agitação foram diagnosticados como esquizofrenia. 
Clarice se sentia de certa forma culpada pela doença do filho, e teve dificuldades para lidar com a situação.
Em 10 de fevereiro de 1953, nasce Paulo, o segundo filho de Clarice e Maury, em Washington, D.C., nos Estados Unidos.3
Em 1959 se separou do marido que ficou na Europa e voltou permanentemente ao Rio de Janeiro com seus filhos, morando no Leme.
No mesmo ano assina a coluna "Correio feminino - Feira de Utilidades", no jornal carioca Correio da Manhã, sob o pseudônimo de Helen Palmer. 
No ano seguinte, assume a coluna "Só para mulheres", do Diário da Noite, como ghost-writer da atriz Ilka Soares.
Provoca um incêndio ao dormir com um cigarro acesso em 14 de setembro de 1966, seu quarto fica destruído e a escritora é hospitalizada entre a vida e a morte por três dias. Sua mão direita é quase amputada devido aos ferimentos, e depois de passado o risco de morte, ainda fica hospitalizada por dois meses.
Em 1975 foi convidada a participar do Primeiro Congresso Mundial de Bruxaria, em Cali na Colômbia. 
Fez uma pequena apresentação na conferência, e falou do seu conto "O ovo e a Galinha", que depois de traduzido para o espanhol fez sucesso entre os participantes. 
Ao voltar ao Brasil, a viagem de Clarice ganhou ares mitológico, com jornalistas descrevendo (falsas) aparições da autora vestida de preto e coberta de amuletos. Porém, a imagem se formou, dando a Clarice o título de "a grande bruxa da literatura brasileira". 
Seu próprio amigo Otto Lara Resende disse sobre a obra de Lispector: "não se trata de literatura, mas de bruxaria.
Foi hospitalizada pouco tempo depois da publicação do romance A Hora da Estrela com câncer inoperável no ovário, diagnóstico desconhecido por ela. 
Faleceu no dia 9 de dezembro de 1977, um dia antes de seu 57° aniversário. 
Foi enterrada no Cemitério Israelita do Caju, no Rio de Janeiro, em 11 de dezembro. Até a manhã de seu falecimento, mesmo sob sedativos, Clarice ainda ditava frases para sua amiga Olga Borelli.2
Durante toda sua vida Clarice teve diversos amigos de destaque como Fernando Sabino, Lúcio Cardoso, Rubem Braga, San Tiago Dantas e Samuel Wainer, entre diversos outros literários e personalidades.

Clarice Lispector,

Born Hague Pinkhasovna Lispector (Russian: Хая Пинхасовна Лиспектор) (Tchetchelnik, December 10, 1920 - Rio de Janeiro, December 9, 1977) was a writer and journalist born in the Russian Empire and naturalized Brazilian. As the state owned, Clarice was declared Pernambuco.
Of Jewish origin, Clarice was the third daughter of Pinkouss Lispector and Mania Krimgold Lispector.
Born in the city of Tchetchelnik while their parents went through several villages of Ukraine fleeing the persecution of Jews during the Russian Civil War of 1918-1921.
Came to Brazil when he was one year and two months old, and whenever questioned his nationality, Clarice claimed to have no connection with Ukraine: "In that land I literally never stepped: I loaded lap" - and that his true homeland was Brazil.
The family arrives in Maceió in March 1922, being received by Zaina, sister Mania, and her husband and cousin Joseph Rabin.
On the initiative of his father all changed their names, except Tania, his sister. The father became known as Peter; Mania, Marieta; Read, his sister, Elisa, and Hague finally Clarice.
Peter went on to work with Rabin, now a thriving comerciante.1 with relationship difficulties with Rabin and his family, Peter decides to move to Recife, then the most important city in the Northeast.
Clarice Lispector began writing as soon as they learned to read, in the city of Recife, where he spent part of his childhood in the neighborhood of Boa Vista.
He studied at the Gymnasium Pernambucano 1932-1934. He spoke several languages, including French and English.
Grew up in the home environment the native language, Yiddish.
His mother died on 21 September 1930 (Clarice was only 9 years old), after several years of suffering the consequences of syphilis, supposedly contracted on account of a rape suffered during the Russian Civil War, while the family was still in Ukraine.
Clarice suffered from her mother's death, and many of his texts reflect the guilt that the author felt and figures of miracles that would save their mãe.2
When he was 15 his father decided to move to Rio de Janeiro. His sister Elisa got a job in the ministry, through the intervention of the then Minister Agamemnon Magalhães, while her father struggled to find an opportunity in the capital.
Clarice studied at an elementary school in Tijuca, to go to the preparatory course for the Law School.
Was accepted to the School of Law at the then University of Brazil in 1939.
Found himself frustrated with many of the theories taught in the course, and found an escape: literature.
On May 25, 1940, at only 19, he published his first short story "Triumph" in Revista Pan, owned by publisher Joseph Scortecci.
Three years later, after a simple surgery to remove his gallbladder, his father Peter dies of complications.
The daughters are razed to the circumstances of the death so unexpected, and consequently Clarice departs from the Jewish religion.
In the same year, Clarice draws attention (probably with the story "Me and Jimmy") of Fontes, then head of the Department of Press and Propaganda (body responsible for censoring the Estado Novo of Getúlio Vargas), and is allocated to work in National Agency, which distributes news to newspapers and radio stations of the time. There he met the writer Lucio Cardoso, he fell in love (unrequited, since Lucius was gay) and who became a close friend.
In 1943, the same year of his graduation, he married a classmate Maury Gurgel Valente, future father of her two children.
Maury passed the entrance exam in the diplomatic career, and became part of the framework of the Ministry of Foreign Affairs. On his first trip as the wife of a diplomat, Clarice lived in Italy where he served during World War II as an assistant volunteer with the nursing staff of the Brazilian Expeditionary Force.
Also lived in countries such as England, United States and Switzerland, countries where Maury was cast. Nevertheless, always spoke in his letters to friends and sisters as he missed Brazil.
On August 10, 1948, born in Berne, Switzerland their first child, Peter. As a child Peter stood out for its ease of learning, however adolescent Your inattention and restlessness were diagnosed as schizophrenia.
Clarice felt somewhat guilty about their child's disease, and struggled to cope with the situation.
On February 10, 1953, Paul was born the second son of Clarice and Maury in Washington, DC, in the United States.3
In 1959 he separated from her husband who was in Europe and returned permanently to Rio de Janeiro with her children, living in Leme.
That same year, he signed the column "Courier female - Fair Utilities" in the Rio newspaper Correio da Manha, under the pseudonym Helen Palmer.
The next year assumes the column "Women only", the Journal of the night, ghost-writing of actress Ilka Soares.
Causes a fire to sleep with a lit cigarette on September 14, 1966, your room is destroyed and the writer is hospitalized between life and death for three days. His right hand is almost amputated due to injuries, and then past the risk of death, is still hospitalized for two months.
In 1975 he was invited to attend the First World Congress of Witchcraft, in Cali, Colombia.
Made a short presentation at the conference, and spoke of his short story "The Egg and Chicken", that after translated into Spanish was a hit among the participants.
Upon returning to Brazil, a trip Clarice won airs mythological, with journalists describing (false) appearances of the author dressed in black and covered in amulets. However, the image is formed, giving Clarice the title of "the great witch of Brazilian literature."
His friend Otto Lara Resende said about the work of Lispector: "it is not literature but witchcraft.
Was hospitalized shortly after the publication of the novel The Hour of the Star with inoperable cancer in the ovary, diagnosis unknown for her.
He died on December 9, 1977, one day before his 57th birthday.
She was buried in the Jewish Cemetery of Caju, in Rio de Janeiro, on December 11. Until the morning of his death, even under sedation, Clarice still dictated sentences to her friend Olga Borelli.2
Throughout his life Clarice had several friends featured as Fernando Sabino, Lúcio Cardoso, Ruben Braga, San Tiago Dantas and Samuel Wainer, among many other literary and personalities.

Nenhum comentário:

Postar um comentário